Um ato simples e rotineiro, como lavar as mãos, pode ser determinante para a transmissão da Covid-19 e de outras doenças. Mesmo repetida à exaustão a sua importância pela imprensa, nem mesmo dentro das unidades de saúde, o cuidado era devidamente tomado. Uma equipe começou a investigar a frequência com que as pessoas lavavam as mãos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Ação preventiva do Projeto Nacional Paciente Seguro, que visa melhorar a segurança do paciente em hospitais públicos do Brasil, o Painel Interativo de Higiene de Mãos se iniciou em 2021 e compreende a disposição de um quadro impresso na unidade para que os profissionais, pacientes e acompanhantes possam marcar a própria adesão ao cuidado e têm acesso, ao longo do tempo, a um gráfico comparativo com a frequência de vezes em que lavam as mãos. Além disso, é analisado o consumo de álcool em gel. Uma triste constatação foi a de que os médicos, embora se paramentassem mais, eram os que menos aderiam ao processo higiênico. A luva, por exemplo, sem a devida assepsia, não surte efeito, porque contém microfuros por onde passam as bactérias.

A possibilidade de marcar e acompanhar a evolução do cuidado motivou a comunidade hospitalar a se cuidar cada vez mais, enquanto a ação se expandia para outros setores do HU-UFMA e conquistava reconhecimento. Foi eleita pelo Projeto Paciente Seguro uma “Ideia de Mudança e Envolvimento de Equipe” e recebeu convites para participar de eventos importantes dentro do hospital.