Educação

Pâmela Billig Mello Carpes

Uruguaiana, Rio Grande do Sul

Trajetória

A ciência sempre pareceu uma realidade distante, principalmente, para uma mulher. O desequilíbrio de gênero em algumas profissões são, ainda, muito visíveis. No interior do Rio Grande do Sul, no entanto, uma professora universitária e neurocientista transforma a realidade de uma cidade e prova que lugar de mulher também é na ciência. Professora Associada da Universidade Federal do Pampa, em Uruguaiana, a neurocientista, Pâmela Billig Mello Carpes, é profissional pública há 10 anos. Sua trajetória transformadora contribui para melhorar a educação no mundo através da aplicação dos saberes da neurociência.

Quando iniciou a carreira como professora universitária, Pâmela desejava transformar a vida da população e, principalmente, ajudar a construir uma instituição de ensino pública de qualidade para todas e todos. Ao longo de uma década, Pâmela trabalhou para que sua atuação fizesse a diferença na vida de estudantes e também da população de Uruguaiana. Atualmente, a profissional pública é responsável por um projeto que tenta desvendar questões sobre a memória e aprendizagem de crianças no ambiente escolar. O trabalho de neurociência atende diversas escolas públicas de Uruguaiana.

A cientista criou o “Programa POPNEURO: Ações para divulgação e popularização da neurociência” nos colégios da região. Uma das missões do programa é quebrar o estereótipo de que mulheres não podem estar ciência. Pâmela busca estimular o caminho da pesquisa e da ciência nas estudantes e, assim, superar o desequilíbrio de gênero nessas áreas. A profissional pública foi, também, uma das cientistas a reivindicar a inclusão da licença maternidade no currículo lattes. A iniciativa busca mais igualdade de acesso das mulheres às bolsas e financiamentos científicos no Brasil.

Filha de professores universitários, Pâmela nunca imaginou que iria trilhar o mesmo caminho dos pais e se apaixonar pelo serviço público. Quando decidiu cursar a faculdade de fisioterapia, em nenhum momento pensou que o curso a levaria para dentro de um laboratório e também para as salas de aula. “Eu queria ser cientista, mas não conhecia ninguém com esse título”.

Emocionada, Pâmela conta que não imagina uma vida longe do serviço público. “Eu não me imagino sendo outro coisa a não ser cientista e professora”. Desde 2009, quando assumiu o desafio de lecionar na Unipampa, Pâmela passou acreditar ainda mais no poder transformador da educação pública. “A universidade transformou a realidade de uma cidade pequena. O contato com os alunos de diferentes níveis sociais de Uruguaiana com o ensino superior me fez entender o grande impacto desta universidade e a sua importância.”

Carla Guaitanele – Finalista

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