A premiação no Brasília Palace Hotel homenageou e valorizou o empenho dos funcionários públicos.
Uma festa onde as estrelas foram os servidores públicos. Assim foi a cerimônia de entrega do Prêmio Espírito Público (PEP), realizada na quinta-feira (27), no Brasília Palace Hotel, em Brasília. Oito projetos que têm um objetivo comum: oferecer serviços melhores para toda a sociedade. Nesta 7ª edição, um destaque especial: a votação popular, que contou com 43 mil votos, mostrou um grande engajamento de servidores e do público em geral. O vencedor foi o projeto “App Servidor RS”.
Escolhido por votação popular, o App Servidor RS foi idealizado no contexto do serviço público gaúcho, para aproximar o Estado de seus 340 mil servidores. O aplicativo centraliza 15 funcionalidades e 20 serviços, que vão do acesso a contracheques e histórico funcional ao recadastramento de inativos, teletrabalho e atenção à saúde.
A premiação, que é organizada pelo Instituto República.org, reconhece e valoriza os servidores. Os vencedores das sete categorias foram premiados por excelência e bom desempenho após a avaliação de um júri especializado.
Projetos que combatem a reincidência criminal são vencedores
Na categoria Desenvolvimento Social, o vencedor foi o programa “Identifique-se”, uma iniciativa do governo do Espírito Santo que, por meio da Secretaria de Estado da Justiça, fornece documentação civil para detentos e egressos do sistema prisional do estado. O trabalho tem o objetivo de oferecer oportunidades para que todos exerçam o direito à cidadania e não voltem a cometer crimes. Em sete anos de atividade, mais de 30 mil pessoas puderam ser assistidas.

Outro projeto escolhido pelo júri também atua para evitar a reincidência criminal de pessoas egressas do sistema carcerário. O “Projeto Alvorada – II Ciclo: inclusão social e produtiva de pessoas egressas do sistema prisional e seus familiares” foi o vencedor na categoria Segurança Pública. Atuando no âmbito nacional, o projeto desenvolvido pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) tem promovido a inclusão social produtiva de pessoas egressas do sistema prisional e de suas famílias em vários estados.

O “Concurso Público Nacional Unificado (CPNU)” é outra iniciativa premiada. Vencedor na categoria Gestão de Pessoas, a iniciativa, coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), é um marco não apenas pela escala, mas também pela proposta de ampliar a diversidade, reduzir desigualdades de acesso e modernizar os métodos de seleção do Estado brasileiro.
Acolhimento humanizado e seguro para vítimas de violência sexual
Já na categoria Saúde, o projeto escolhido pelo júri foi “Qualificação do cuidado às pessoas em situação de violência sexual e da interrupção gestacional prevista em lei”. O programa busca de aperfeiçoamento para garantir um acolhimento humanizado, seguro e integral, são alguns dos propósitos do projeto escolhido pelos jurados na categoria Saúde. O programa da Secretaria de Estado do Distrito Federal teve sete edições ao longo de quatro anos.
Transformar a exclusão digital no campo em uma política inovadora e de grande impacto territorial são alguns dos impactos provocados pelo “Programa de Conectividade Rural do Paraná”, vencedor na categoria Gestão e Transformação Digital. O projeto nasceu em 2023 e se consolidou como política de estado. Com mapeamento técnico de 980 localidades desconectadas, governança com 17 órgãos e fomento inédito por meio da compensação de ICMS, viabilizou-se a contratação de mais de 500 torres sem uso direto de recursos públicos.

“Viveiro do Senado – Centro de Educação para a Sustentabilidade Ambiental Inclusiva” é mais um ganhador do prêmio. Considerado um paraíso verde em Brasília, recebeu o prêmio da categoria Meio Ambiente e Emergência Climática. O Viveiro ocupa uma área de 800 mil metros quadrados, ao lado da garagem do Senado, próximo ao Setor de Embaixadas Norte, e tem despertado interesse de outros órgãos, como a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
São 290 metros de trilhas acessíveis, com banheiros adaptados e rampas, além de oferecer materiais em braile, serviço remoto de Libras e audiodescrição. Tudo pensado para garantir a inclusão de todos os públicos, especialmente pessoas com deficiência.

E, por último, o vitorioso “Currículo Azul”, uma política pública pioneira no Brasil, que vem transformando a forma como escolas, professores e estudantes se relacionam com o meio ambiente e com o oceano. O programa reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) é o vencedor da categoria Educação. O projeto conecta educação básica, pesquisa e extensão universitária, formando cidadãos preparados para enfrentar os desafios climáticos do presente e do futuro.

A noite estrelada foi abrilhantada pela apresentação da jornalista e escritora Semayat Oliveira, cuja trajetória tem sido dedicada a dar voz a narrativas de mulheres negras e periféricas, com atuação focada em representatividade, justiça social e cultura negra. A cerimônia também homenageou Maria das Graças Aquino Teixeira da Rocha, servidora da Paraíba, que recebeu a Medalha Espírito Público pelos 50 anos de dedicação à administração pública.




